Kátia Bizzarro - Psicóloga e Psicanalista

CRP: 06/89188 PUC-SP



Kátia Bizzarro
Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/9626137493200831
Última atualização do currículo em 13/12/2014

Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em constante estudo da teoria psicanalítica com ênfase em Freud e Lacan através de escolas de Psicanálise Lacaniana. Atendo desde 2008 em clínica para adultos em São Paulo-SP, no bairro do Paraíso. Depois da faculdade me dediquei a frequentar, além das escolas de Psicanálise Lacaniana, grupos de estudos sobre a obra de Martin Heidegger, em especial, a leitura de "Ser e Tempo", bem como alguns cursos sobre a crítica que Michel Foucault fez acerca das formas discursivas. Atualmente foco meus estudos na teoria Lacaniana.


Endereço:


Consultório de Psicanálise.
Alameda Santos, 211
Cerqueira César
01419000 - São Paulo, SP - Brasil
Telefone: 11 94323-1001


Formação acadêmica/titulação:

2002 - 2007
Graduação em Faculdade de Psicologia PUC-SP.
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, Brasil.
Título: Ilusão e Psicoterapia: Um estudo sobre o campo transferencial.
Orientador: Elisa Maria Uchôa Cintra.


Formação Complementar:

2012 - 2014
Formações Clínicas do Campo Lacaniano.
Fórum do Campo Lacaniano - São paulo.
2012 - 2012
Psicanálise e formações discursivas.
Universidade de São Paulo.
2011 - 2011
Evento: "Sublimação e Poder" Joel Birman. (Carga horária: 3h).
Centro de Estudos Psicanalíticos.
2011 - 2011
Reunião temática: "Folie à deux" Mauro Mendes Dias. (Carga horária: 2h).
Centro de Estudos Psicanalíticos.
2011 - 2011
A Psicanálise das Psicoses NEPPSI. (Carga horária: 48h).
Instituto de Psiquiatria.
2010 - 2011
Curso de Psicanálise Fundamentos de Freud a Lacan. (Carga horária: 128h).
Centro Lacaniano de Investigação da Ansiedade.


Estágios:


Clínica Psicológica Ana Maria Poppovic, CLÍNICA DA PUCSP, Brasil.
2007 - 2008
Vínculo: Colaborador, Enquadramento Funcional: Estágio curricular de Psicologia clínica, Carga horária: 9
Outras informações
Atendimento de adultos, individual, supervisionado nas abordagens: psicanalítica, junguiana e fenomenológico-existencial
como parte da formação de Psicóloga Clínica.
2007 - 2007
Vínculo: Colaborador, Enquadramento Funcional: Estágio extra-curricular, Carga horária: 2
Outras informações
Participação como estagiária de Psicologia clínica, no atendimento tanto do grupo de pais, quanto do grupo de crianças
encaminhadas para a "Clínica da PUC" pelas instituições educacionais com o diagnóstico de hiperatividade. O trabalho
visava produzir o questionamento do diagnóstico e investigar as questões familiares e inerentes ao funcionamento da
instituição educacional que irrompiam nos comportamentos que eram considerados inadequados pela mesma instituição
e resultavam no encaminhamento para a instituição médica e posteriormente, para a instituição psicológica.

2006 - 2006
Vínculo: Colaborador, Enquadramento Funcional: Estágio curricular de Psicologia clínica, Carga horária: 3
Outras informações
Psicodiagnóstico supervisionado na abordagem psicanalítica.

2005 - 2005
Vínculo: Colaborador, Enquadramento Funcional: Estágio curricular de Psicologia clínica, Carga horária: 2
Outras informações
Triagem para colaborar com os encaminhamentos internos e externos à Clínica da PUC-SP, e atualizar as demandas de
atendimento.


Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS do Estado de São Paulo, CRT-DST/AIDS, Brasil.

2006 - 2006
Vínculo: Colaborador, Enquadramento Funcional: Estágio curricular em inst. de saúde., Carga horária: 45
Outras informações
Participação como estagiária no "Grupo de adesão ao tratamento", isto é, um dispositivo de psicoterapia em grupo, com a
finalidade de refletir acerca da resistência à adesão ao tratamento por parte dos pacientes portadores do vírus HIV, e
desenvolver pesquisa no intuito de identificar as dificuldades (emocionais, relativas ao preconceito, financeiras, de
logística de distribuição, etc...) e melhorar o programa de tratamento pensando nos usuários.
Turma da Touca Associação Cult. Recreativa e Social, CEI TOUCA I, Brasil.

2006 - 2006
Vínculo: Colaborador, Enquadramento Funcional: Estágio curricular em inst. educacional, Carga horária: 30
Outras informações
Realizei um trabalho como estagiária de Psicologia, fazendo parte de um estudo longitudinal que já se encontrava em
processo antes, e continuou depois da minha intervenção. Havia uma queixa de falta de motivação por parte das
educadoras, e ao meu trabalho coube investigar o que havia para além da queixa, fazendo um diagnóstico da instituição.
Questões políticas como: a incidência do neoliberalismo sobre o funcionamento das organizações não governamentais -
na época - como suplência da precariedade do serviço oferecido pela prefeitura, afetava as condições de trabalho das
educadoras e a possibilidade delas se especializarem.
Áreas de atuação
1.
Grande área: Ciências Humanas / Área: Psicologia / Subárea: PSICANÁLISE/Especialidade: PSICANÁLISE LACANIANA.


Algumas publicações:



Texto de minha autoria para o Observatório da Imprensa:




Contribuição para matéria na Revista Polishop:





 Kátia Bizzarro - Psicóloga e Psicanalista


CRP: 06/89188 PUC-SP




Consultório: Alameda Santos, 211. Bairro: Paraíso. S. Paulo-SP.



Próximo da Avenida Paulista. Metrô Brigadeiro. Valet no local.



Atendimento com hora marcada.




Entre em contato para agendar a primeira sessão: 11 94323-1001



Neste consultório todas as pessoas são tratadas com dignidade e aceitação.

O compromisso ético da profissão é um direito do paciente: sigilo, apoio emocional, e respeito à individualidade.



Sobre a Psicanálise:
Quem foi Freud, e como tudo começou?
Sigmund Freud (1856 - 1939), médico neurologista de origem judaica, nascido em Príbor, hoje República Tcheca (Europa Central), viveu a maior parte de sua vida em Viena (79 anos), e no fim da vida exilou-se no em Londres com parte da sua família para sobreviver à perseguição nazista, onde permaneceu até a sua morte. Em meados do Século XVIII, foi trabalhar com o psiquiatra Jean-Martin Charcot (1825-1893) no Hospital Salpêtrière, em Paris, onde tudo começou. 

Trabalhando com Charcot, Freud interessou-se particularmente pelo tratamento das paralisias corporais que não tinham uma razão fisiológica. Ao descobrir que há algo no humano que afeta o corpo e independe da razão, e além disso não tem uma relação direta com causas fisiológicas, o criador da Psicanálise deparou-se com aquilo que mais tarde nomeou como 'inconsciente', e intrigou-se a ponto de criar, através de muitas pesquisas empíricas e do seu conhecimento acerca da neurologia: a Psicanálise.
Como o inconsciente se manifesta?
Lembremos de situações cotidianas nas quais agimos de modo contrário ao que esperamos: Querendo falar uma coisa, dizemos outra; Ao sair, percebemos que esquecemos as chaves; Alguém se propõe a fazer dieta, mas percebe-se engordando, comendo ainda mais; Alguém que acaba de ficar noivo, sente-se muito mais atraído por quase todas as pessoas que encontra; Alguém quer urgentemente termirar algo, mas fica adiando... Freud escreveu um texto chamado "Psicopatologia da vida cotidiana" sobre a relação do inconsciente com acontecimentos como estes.
O que aconteceu nestas situações?
Somos seres racionais, só que além disso: somos sujeitos do inconsciente. Razão e inconsciente não são opostos: funcionam paralelamente. Somos divididos subjetivamente. Algumas situações que nos escapam a razão, falham em relação à comunicação, ou falham em relação ao seu objetivo, mas certamente têm uma lógica e "eficácia" inconsciente.
É disso que cuidamos na clínica psicanalítica: nos ocupamos de descobrir a lógica inconsciente que corresponde ao desejo, mas nem sempre à vontade própria. Desejo e vontade não são sinônimos para a Psicanálise. O desejo é aquilo que se destaca da necessidade, e que está para além das demandas.
Mas no que a clínica psicanalítica é diferente de outros tratamentos?
No livro "O nascimento da clínica", Michel Foucault (1926-1984), filósofo francês, escreveu acerca da diferença entre a clínica clássica e a clínica psicanalítica.

Foucault estudou a modificação da clínica clássica: do Séc. XVIII, contexto em que o médico era aquele que olhava, até a clínica psicanalítica, Séc. XIX, quando o médico passou a ser também aquele que escuta, criando uma aliança entre o ver e o dizer como fonte da clareza e do desvelamento das afecções psíquicas.

Esta mudança de paradigma faz do paciente um sujeito ativo no seu tratamento, pois desloca o saber sobre a terapêutica: de quem trata para quem é tratado.


Podemos localizar essa mudança de paradigma no livro: "A interpretação dos sonhos", de Freud. Neste livro, o pai da Psicanálise discorre sobre como os sonhos eram analisados na antiguidade sem necessariamente tratar-se de uma análise científica. Naquele contexto, sonhos eram considerados "premonições". Ainda hoje encontramos catálogos com elementos de sonhos em forma de verbete, ao lado do que supostamente significariam.
Com o paradigma psicanalítico proposto por Freud, o que consideramos na análise de um sonho é o texto do sonho, o modo que ele é contado pelo paciente. Numa análise não trabalhamos somente com relatos de sonhos, mas trabalhamos com as palavras dos pacientes: esquecimentos, lapsos de linguagem, ditos cômicos, atos falhos - num contexto de análise funcionam como material a ser trabalhado psicanaliticamente.

Os diagnósticos médicos, por exemplo, fazem parte da clínica clássica, são conservados em latim, pois latim é uma "língua morta", e com isso não há dimensão subjetiva no significado de uma doença psicossomática para quem está doente: uma "língua morta" mantém o estado entre o significante (palavra) e o significado. Consequentemente não há uma escuta psicanalítica possível na clínica médica do que uma doença pode significar para quem está doente, portanto não há espaço para a interpretação das doenças psicossomáticas (por exemplo: gastrite por causa emocional, e não bacteriana, nem por lesão anatômica), há no máximo um diagnóstico e uma terapêutica medicamentosa.

Para que uma prática seja considerada clínica, de um ponto de vista clássico, ela tem que atender a quatro elementos:

-Semiologia - Campo semântico pertencente a um sistema de conhecimento, por exemplo, o campo semântico da psicanálise inclui conceitos como: inconsciente, repressão, negação...
-Diagnóstica - Reconhecimento acerca das características de um quadro clínico;
-Terapêutica - Na psicanálise, por exemplo, a direção de um tratamento e não de um sujeito;
-Etiologia: o estudo das causas.

Por exemplo, a astrologia não é uma prática clínica, pois não há nela uma terapêutica.

Diferentemente da clínica clássica, a Psicanálise é a clínica da singularidade.

A psicanálise abre espaço para uma nova interpretação: um mesmo significante (a palavra gastrite, referente ao exemplo acima) pode ter um significado que pode ser desvelado, escutando o que um paciente tem a dizer sobre isso, e pode ter outro significado para outro paciente. Não dá para generalizar que todas as gastrites são bacterianas, e tão pouco que todas as gastrites "nervosas" são causadas por estresse: é preciso escutar cada sujeito. O que muda neste paradigma é que temos um referente, um sujeito que pode falar sobre o que está sentindo.

Se Freud foi o pai da Psicanálise, o psicanalista parisiense contemporâneo Jacques-Marie Émile Lacan(1901-1981), tratou de revisar a obra de Freud, e fazer as analogias necessárias para que a Psicanálise pudesse ser transmitida, fiel ao que ela se propõe: o tratamento por meio das palavras do próprio paciente. Lacan evidenciou ainda mais a descoberta de Freud: de que há um descentramento no humano. Na psicanálise o sujeito é quem dá o significado a partir do seu discurso, e o sujeito não coincide com o eu do paciente, o sujeito é sujeito do inconsciente. A clínica psicanalítica cria condições para escutarmos o discurso do inconsciente, que acontece enquanto o paciente fala. Fala e discurso não são sinônimos para a Psicanálise. 

O significado que um paciente dá para o seu mal estar é singular, e paradoxalmente, muda ao longo da análise: a representação, ou seja, o significado atribuído a uma determinada experiência, muda à medida que o paciente conta o acontecido.

A clínica psicanalítica cuida do significado particular que existe num diagnóstico universal: cada um sente, pensa, e representa de um modo muito singular pois cada pessoa tem uma história e uma filiação, e a vive de um modo único. Muitas vezes observamos irmãos que são filhos do mesmo pai e mãe, e que se relacionam com os pais de maneira completamente diferente, pois cada um nasceu num contexto diferente, e subjetiva a própria história singularmente. A Psicanálise é a clínica da subjetividade.

Referências Bibliográficas:

FOUCAULT, Michel (1963). O Nascimento da Clínica.

FREUD, S. (1900), A Interpretação dos Sonhos.

FREUD, S. (1901), Psicopatologia da Vida Cotidiana.

LACAN, J. (1960), Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano, in Escritos. 






 Kátia Bizzarro - Psicóloga e Psicanalista

CRP: 06/89188 PUC-SP


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